quarta-feira, 27 de maio de 2020

Mãe Cientista

Crônica de Segunda: O protocolo paradoxal da mãe cientista - Blogs ...





Mãe Cientista


Por que estas duas palavras parecem não se encaixar?
Que estereótipos nós fomos capazes de formar?
Um cientista é um ser dedicado, apaixonado pelo que faz
Tire-o do laboratório se for capaz.
Ser cientista é para poucos...
Há quem diga que são loucos.
São tantos livros, artigos, idéias, experimentos sem fim
Dedicação absoluta a ciência.
Devem ser dotados de Inteligência.

Mas nossa real labuta, quem está de fora não vê:
Há prazos, produções, relatórios, formulários.
Muita cobrança, pouca estrutura.
Não há condições de trabalho decentes nem verba suficiente.

“Mas se o amor é o que te move estes problemas a nós não comove....”

Já mãe... ah, não existe palavra mais romantizada, verdade?
Exemplo de amor que dura até a eternidade.
Encontra força e solução para qualquer dificuldade.

A dedicação tem de ser total! E se reclamar, não é uma mãe normal.
Noites sem dormir, cansaço até a exaustão e a cabeça totalmente em função
Em função daquele pequeno ser que chegou e mudou nossa maneira de ao mundo ver.
E o nosso coração, agora já não nos pertence mais.
Muitas coisas fazemos, e no fundo, só queremos que eles sejam felizes demais.

Como assumir dois papéis que exigem tanto?
Será possível viver assim?
Pode uma mãe pode ser uma boa cientista?
Pode uma cientista ser uma boa mãe?
Se o pensamento não for machista,
Com certeza sim!

Que os estereótipos sejam quebrados
Que a ajuda necessária seja dada
Que a empatia seja lembrada
Que a maternidade e a ciência sejam celebradas

Não é nada fácil isso já sabemos
Mas não apenas reconhecimento queremos.
Que ações necessárias sejam tomadas
Para que as mães, com a carreira, não sejam sobrecarregadas.
Mães e cientistas, sim podemos,
Mães e cientistas, sim, seremos!

Autora: Tatiana Renata Gomes Simões